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Sindicalistas dizem a Lula que não querem volta de imposto sindical

Sindicalistas dizem a Lula que não querem volta de imposto sindical

A pauta trabalhista e o valor do salário mínimo foram assuntos destaques em reunião do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva com dezenas de representantes sindicais, no dia 01/12, em Brasília. No encontro, os sindicalistas pediram a repactuação de alguns pontos da reforma trabalhista e a garantia de uma política para recomposição do salário mínimo logo no início de 2023.

Os sindicalistas defenderam que as homologações de demissões devem ser feitas nos sindicatos. Outro pedido é que sejam revistas as regras para o trabalho intermitente e que sejam criadas novas formas de amparo na legislação para pessoas que prestam serviços de entrega de comida ou transporte via aplicativos na internet.

Para os sindicalistas, a reforma de 2017 não gerou empregos e criou várias inseguranças jurídicas para os trabalhadores.

Durante a reunião, representantes de sindicatos também reforçaram que não defendem a volta do imposto sindical. Conforme o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, alguns pontos da reforma trabalhista, a exemplo das negociações diretas entre patrões e empregados sem participação dos sindicatos, precisam ser revistos.

“Deixamos claro de forma unificada que o movimento sindical não quer a revogação da reforma trabalhista e também não quer a volta do imposto sindical, mas há pontos que precisamos repactuar. É consenso, unanimidade que não vai voltar o imposto sindical. Não volta”, frisou o representante sindical.

Os sindicalistas defenderam que as mudanças sejam debatidas no Congresso Nacional e que qualquer financiamento sindical deve ser aprovado pelos trabalhadores em assembleia.

O presidente eleito disse que recriará a mesa de negociação, de trabalho e conselhos, além de trabalhar junto ao Congresso para a aprovação de artigo na legislação sobre o financiamento dos sindicatos, sem retorno do imposto sindical. “Nós vamos criar a mesa de negociação, nós vamos criar mesa de trabalho, vamos criar o que for necessário criar. E vamos ter que convencer a Câmara dos Deputados de que as finanças dos sindicatos serão decididas pelos trabalhadores em assembleia livre e soberana”, defendeu.

Participaram do encontro os representantes das seguintes entidades: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical Central Sindical, Pública, Conlutas, Intersindical Instrumento de Luta, Fequinfar, Bancários, Contraf, Metalúrgicos do ABC, Apeoesp, Contag, FUP, Metalúrgicos Grande Curitiba, Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, Eletricitários, Trabalhadores da Construção de São Paulo e Fenamoto.

Fonte: UGT, CUT, Revista Veja, Folha de São Paulo, Poder 360.

 

 

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