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Lojas Americanas garante que não haverá demissão em massa no momento

Lojas Americanas garante que não haverá demissão em massa no momento

12/02/2023

Para evitar demissões em massa nas Lojas Americanas, sindicatos e representantes da varejista participaram de reunião organizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O subprocurador-geral do Trabalho Francisco Gérson de Lima e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, mediaram o encontro no dia 09 de fevereiro.

A empresa conta com aproximadamente 44 mil funcionários e os sindicalistas solicitaram que a empresa – que apresentou um rombo nas contas de mais de R$ 40 bilhões – apresentasse antecipadamente qualquer projeto de reestruturação e que qualquer demissão passe a ser homologada nos sindicatos.

Como informa o MPT, o advogado das Americanas firmou o compromisso de que não será feita nenhuma grande demissão antes da aprovação do plano de recuperação judicial, previsto para 20 de março.

Participaram representantes da CTB, CUT, Força Sindical, UGT e CSB.

Aluguéis

No dia 10 de fevereiro, a empresa notificou os shoppings centers em que tem lojas que não irá pagar os aluguéis atrasados. Segundo o Estadão/Broadcast, seriam 90 credores em shoppings em todos país e um valor de R$ 11,6 milhões devidos.

No informe é indicado que os valores que não serão pagos têm 19 de janeiro como data de referência, dia do deferimento do pedido de recuperação judicial.

Ação Civil Pública

No dia 25 de janeiro de 2023, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical (FS), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) ajuizaram Ação Civil Pública perante a 8ª Vara do Trabalho de Brasília com o fim de garantir os direitos dos mais de 44 mil empregados do Grupo Americanas, além do direito de outros milhares que atualmente lutam na Justiça do Trabalho para o recebimento de seus créditos trabalhistas.

Além da defesa do emprego e dos direitos dos mais de 44 mil empregados do Grupo Americanas, que estão espalhados em mais de 1.700 lojas, a ação também busca garantir que aquelas pessoas que lutam na Justiça do Trabalho para conseguir receber seus direitos não se prejudiquem com o processo de recuperação judicial ou com eventual falência. Há quase 17 mil ações trabalhistas em curso contra empresas do Grupo Americanas, representando um valor total de R$ 1,53 bilhão.

A ação visa desconsiderar a personalidade jurídica da Americanas e responsabilizar os acionistas de referência pela fraude contábil que se desenrolou durante anos na Companhia

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